Desde já, para não virem depois perguntar, convém esclarecer que sim, há quem diga que o mentol causa impotência nos homens, mas como também poderíeis perguntar: “se o mentol causa impotência então porque é que há preservativos com sabor a mentol?”. E a resposta é simples: porque quem saboreia e ingere tal iguaria são as mulheres, e como tal não são afectadas pelo afrouxamento peniano.
Como será de conhecimento geral, “o mentol, também designado de cânfora de hortelã-pimenta ou 5-metil-2-isopropilciclo-hexanol, é um álcool terpénico monocíclico, de fórmula molecular C10H19OH”. Existindo no seu estado natural como um estereoisómero, como demonstra o diagrama apresentado.
A capacidade do mentol de activar os receptores TRPM8, sensíveis ao frio, é responsável pela sua afamada sensação refrescante quando inalado, ingerido, ou aplicado sobre a pele. De certa forma, produzindo o efeito diametralmente oposto à capsaicina, o elemento químico responsável pela sensação de calor das pimentas. Esta maravilha da natureza, possui também efeitos analgésicos.
E uma vez mais a pergunta, a quem é que isto interessa? A ninguém, nem a mim. Mas se as entrevistas da Manuela Ferreira Leite têm interesse nacional, também é importante saber que há provas que o mentol já é conhecido no Japão há mais de 2000 anos, mas que no mundo ocidental só foi sintetizado em 1771 por Jerónimo David Gaubius. Estupidez por estupidez, prefiro mentol.